quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Faltam TRÊS dias....TRÊS!

Não sei se chore que nem uma Madalena, se ria de tanto querer chorar...
Faltam três dias para voltar ao trabalho, para deixar a minha casinha e só voltar ao fim do dia...
A partir de agora quando chegarem da escola e o hubby do trabalho, também chego eu com mil tarefas por fazer e a casa do avesso...
Não tenho empregada todos os dias e quando tenho é para limpar, esterilizar e deixar tudo a brilhar não para andar a arrumar as mil e uma coisas que as crianças deixam por todo o lado, sim TODO o LADO! Por muito que eu batalhe e já está tudo bem melhor, eles começam a perceber que quantos mais somos mais temos de ser arrumados ou tudo rapidamente vira caos.
Numa familia de cinco o que levamos um dia a arrumar consegue virar caos em 5 minutos, e pôr a caebeça da mãe tal filme de terror a rodar 360º e a deitar fumo!
Por isso soube tão bem ter tempo para ser Dona de Casa, as fiministas vão-me odiar mas eu gosto muito de ser Dona de Casa e acho que a familia só ganha em ter uma mãe em casa, os nossos filhos ganham e automaticamente nós ganhamos, que se lixe a realização profissional, primeiro eu tenho de me realizar pessoalmente para ser feliz! Pois é ... mas é preciso ter como e aí lá está, tenho de voltar ao trabalho!
Vai ser uma semana dificil e vou tentar continuar com paciência para todos os filhotes, deixar o trabalho no trabalho e não trazer stress para casa, vou tentar ser uma mãe Zen para a semana e tentar minimizar os efeitos do regresso ao trabalho!
Tenho saudades de alguns colegas, estas ausências também fazem bem, conseguimos ver quem continuou cá como colega ou quem desapareceu na nossa vida durante um ano agora também não terá grande importância, a forma como nos recebem quando aparecemos, como falam quando nos encontramos, dá para entender se por acaso a nossa presença ou falta dela é sentida. Muitos me surpreenderam e esses vou sem duvida gostar de voltar a estar e trabalhar. Muitos me ajudaram em pequenas coisas que precisei e agradeço muito pois nem devem imaginar o peso que tiveram as pequenas ajudas, como esta semana quando o meu Gonçalo teve de pôr uma tala no dedo, a vossa ajuda foi fundamental para o meu dia que nem corria bem ter terminado de forma tranquila e com problemas resolvidos! Obrigada!
Para a semana estou aí e vão ter de aturar esta mãe galinha, chorona que vai tentar estar muito Zen e em paz com o que a rodeia!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Cabeça de mãe -faltam 7 dias

Hoje o dia começou bem, despachámos os lanches e estávamos prontos às 7h58m... Eu disse meninos para a semana a esta hora já temos de estar à porta da escola!! Esta semana vai ser tipo preparação pré-maratona, neste caso pré-regresso ao trabalho, onde todos os dias vamos ver os tempos que fazemos e onde vamos melhorar! 
7h58m- pega nas chaves de casa, Álvaro ao colo e ups... Onde andam as chaves do carro?!
Procura, revira a mala que é uma mala de mãe (caos), e de repente faz-se luz na cabeça de mãe: #%*$ deixei as chaves no carro do maridão!! As chaves sobresselentes andam com o maridão, HELP!!
- Miúdos a mãe não tem a chave do carro, vamos de taxi!!
- ye!!! ( tudo é uma festa desde que mude a rotina)
Chegamos à rua e lembro-me do Álvaro, aqui está cabeça de mãe, não podemos ir de taxi não há cadeira de bebé, os miúdos querem ir de autocarro... Não vamos a pé!! Um kilómetro e meio não custa nada!
E assim foi! O sling, o carrinho tudo estava no carro... Álvaro ao colo não me vou mexer... Peguei numa capulana e zás sling feito!!
Eles chegaram todos contentes à escola, mas o Goncalo estava preocupado porque eu voltava para casa a pé com o Álvaro, tranquilizei-o porque não custa nada! Assim foi hoje a manhã começou com uma caminhada de 3 km com o Álvaro ao colo, e como ele adora o sling na volta para casa adormeceu!!
A cabeça de mãe faz sempre destas coisas, permite-nos ter a capacidade de extra-multitasking mas memória por vezes de galinha!!


domingo, 25 de outubro de 2015

Faltam 8 dias...

Faltam 8 dias para regressar ao trabalho... Estou triste...
Sei que muitos vão dizer ou pensar que quem dera muita gente ter um trabalho para onde voltar, mas não é nesse sentido que o meu sentimento é negativo. Só me sinto triste porque vou deixar de estar em casa a 100%, porque vou deixar o meu bebé, porque vou estar mais ou menos 7 horas sem ele,  porque vou ter menos tempo para os meus três filhos, porque vou ter menos tempo para mim, porque vou ter menos tempo para apoiar a restante família que tanto precisa de mim, porque ao fim ao cabo são 7 horas que vou estar indisponível para a família.
Este ano e três meses que estive em casa transformou-me, fez-me crescer como mãe, como filha, como neta e como mulher! Todos ganharam com a minha vida caseira mas quem saiu vencedora fui EU!
Quando à nossa volta tudo se conjuga com mais harmonia resultado das nossas acções, nós enchemo-nos de um sentimento de realização brutal! O apoio escolar que dei ao mais velho neste ano deu frutos e foi tão bom... a do meio ganhou tempo comigo e se já éramos unha com carne agora ninguém nos separa... A minha paciência cresceu a olhos vistos, e o tempo com os meus filhos abriu-me o caminho pelo qual sigo e que me dá tanto, tanto e tudo em pequenos passos, pequenos momentos. Tudo à volta mudou, porque vejo o que me rodeia com uma clareza e nitidez extraordinárias, vejo o mundo de outra forma e dou valor às pequenas coisas. Este ano fez me ter forças para seguir em frente com sonhos que já tinha e sentir que vou conseguir, já dizia Walt Disney If you Dream it, You can do it!
Sinto-me uma mãe mais informada, vou amamentar o meu filho até dar, tenho a sorte de conseguir amamentá-lo, é um beneficio mutuo para mãe e filho não se deve desperdiçar!
Sinto-me mais próxima da minha origem e com mais fé.
Sinto que a maternidade é tão natural e com a qual me sinto como peixe na água, por isso quando a natureza o permitir cá em casa os pequenos terão mais irmãos!
Sinto que educá-los no sentido de valorizar as relações familiares e com os amigos, é dar-lhes as ferramentas para crescerem fortes e serem pessoas brilhantes!
Sinto-me bem, nada é perfeito, infelizmente pessoas que amo estão doentes, mas sou sortuda por ter quem amar, por ter o que tenho, ambiciono sim mas sem exageros e sem vislumbre, aceito o que a vida me dá e o que consigo alcançar e nas derrotas temos de procurar o porquê para não se repetirem mas ser sempre positivo!
Depois de escrever tudo isto já me sinto bem mais forte para a nova etapa que se aproxima.
Um bem haja a todos!